A morte do reprovável impera na escola
Alguns chamam de pós-modernismo
Borbadeiam-me com maus presságios
As ilhas de ódio de nossa Babel moderna
Torres caíram como as das cartas do tarô
O pessimismo me acena com o apocalipse
Alienígenas que chegaram antes de nós
Todos mutantes indígenas adolescentes
Aprenderam a atirar na internet
E a falar javanês
A questionar Deus e fazer troça das leis
A cor da pele, o sexo e a língua são trincheiras
"Adeus às fronteiras?" gritam generais indignados
"Haverá escassez de soldados" indicam estatísticas
"Convoquem a mass media, propaganda"
"Vão ruir as pirâmides!", estão apavorados
Não se antevia hipótese de nos falarmos
Vozes em uníssono coro foram ouvidas nas rádios
Pedindo mais humanidade, poesia e menos choro
Mais uma vez, na fundação, Babel ruía.
A liberdade é a droga que mais vicia
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