16 novembro 2014
A cárie do ódio
Evidente
Não estás pra caridade
Te doem as cáries
As costas sentem claramente
O peso da idade
O acúmulo
Tua coleção de surtos sublimados
Vitórias do Superego querendo ser sublime
Latejam
Arre!
Coleção de abraços e beijos diplomáticos.
Arre!
Apertar mãos moles e sorrir para caluniadores.
Arre!
Hipocrisia e ganância na ordem do dia
E o pior do ser humano
Ao vivo e gratuitamente em boa quota do cotidiano
O corpo não reconhece o nojo
Fica o nervo exposto do ódio
Acumulando histórias tristes
Olhos semi áridos festejam
A garganta seca ensaia o grito
O punho se fecha
E a veia na testa lateja
A insanidade é siri na lata
Fantástica força latente
Fica evidente a necessidade de afastarmo-nos
Até que passe essa dor de dente
Definitivamente
Não estás para caridade
E irás cravar palavras ou punhais
Sem piedade
Nos que te aporrinharem
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