04 fevereiro 2015

Plataforma: desgoverno



Se, de repente, eu fosse presidente
Désse um basta na roubalheira dessa gente
Baixasse decreto que proibisse
A televisão de só passar tolice
E a riqueza fosse enfim distribuída
Não faltasse nem emprego nem comida
E toda estupidez fosse multada
Será que essa Matrix bem arranjada
Traria a alegria a minha gente?

Ainda bem que eu não sou o Presidente
E não deixo a elite magoada
Um poeta reclamão e indecente
Sempre está longe de deixá-la preocupada.

Tirania é tirania, ainda que travestida
com o discurso simplista de bem intencionada.
Vejo um tirano morando dentro do peito
Dos que querem tudo sempre do seu jeito
E, tolamente, acham que o lugar perfeito
É onde a democracia vale nada.

Direito Humano ou Estado de Direito
Sequer compreendidos, chegam com defeito.
Elejo a bunda mais bonita, vejo os rumos da novela
Mas no próximo capítulo, quando chega a hora do pleito
Vão eleger o poeta ou de novo o pior sujeito?

Ainda bem que eu não sou candidato
Embora queira ser o rei de fato
Rei Momo da cidade maravilhosa
Depois da alegria decretada
A Matrix seria rebootada
E cada um seria o responsável
Apenas pela própria rebordosa.

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