Gosto de conceber o texto como uma partitura. E me diverte muito sentir o som que se forma por trás dos meus olhos.
Som na descoberta da nova palavra, na rima interna, na pausa. Sou seduzido pela harmonia que se extrai do encaixe das idéias e pelo ritmo dos fonemas. E é assim que avalio os textos que leio, pelo acompanhamento que a batida de meu coração dá a eles, pela vontade de dançar que eles me provocam ou pelo silêncio a que me remetem.
As boas idéias ressoam em nossas mentes. O exercício da leitura amplia o alcance da lente da mente sobre a confusão de sons do mundo e nos permite enxergar que nem sempre a razão está no maior "volume".
Fomentar a leitura para dar voz às pessoas e também para apurar seus "ouvidos". Eis uma bela função para a vida do escritor.
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