08 setembro 2013

Razão no amor




O amor é a razão de ser
Aprende a amar para dar razão a vida

Porque se algo em ti broxou
Foi em ti que broxou
Armadilhas do corpo
Tão infenso à efusão lírica

O beijo já não é o mesmo
O terceiro gole é desnecessário
Teus rituais, rotinas, crenças,namoros
Perderam a graça do ineditismo
Estás fatigado com tanto fastio
Não há mais surpresa com as flores
Teus olhos não notam a sutileza das cores
Tá tudo chato
Pois o homem
sem amor
fica seco
duro
Oco
Opaco

Sofrer na gangorra entre agonia e festejo
Servo do desejo, escravo de si mesmo
Quanto erro equilibrar-se entre esperança e medo
Viver não é esquivar-se de dores
Eis aí um segredo para ter mais amores

É mister que ames antes do suicídio

A medida em que avanças em idade
Põe a serviço do amor a tua racionalidade
Do amor razão única de ser
Fonte real de toda ciência

Assim como a semente
Realiza na árvore a potencialidade
Há em todos um pouco da estrela
Querendo brilhar

Ama com a tua inteligência
A burrice é broxante
E a burrice maior: não amar.

01 setembro 2013



Eu sei que sou um idiota
Ouviram?
Não precisam perder seu tempo erguendo o dedo contra mim
Sou tolo, néscio, apedeuta, inapto...
Descubro a cada derrota um novo sinônimo
A cada nova descoberta

A cada nova descoberta
Vejo que trilhei um lado errado do caminho
E esse tempo perdido me exaspera
Me exaspera mais do que o erro em tê-lo trilhado
O tempo é curto
Sou lento
Nasci torto
Sou um derrotado

Idiota, tomado pela desesperança,
Aprendi a rir de minha desgraça
Resignifico o sofrimento
Torno tudo divertido
Resumo: Faço versos

Deve ser por causa dessa crença
Estúpida, como tudo em mim,
De que a verdade
Está
lá fora
Essa minha crença inútil no espírito humano
Que eu não sei o que é
e tento explicar
Esse meu desejo de liberdade
Que me faz sofrer a ausência da coletividade
Que me faz questionar hierarquias
Ignorar títulos, comandas e medalhas
Limpar a bunda com as leis ou mapa-mundi
O que for mais suave é claro
Esse desejo que não me aponta uma rota feliz
Dá-me a certeza:
Eu sou incorrigivelmente doente
Não acredito em nada

Mas sinto enorme alegria
Quando me reúno com outros comediantes melancólicos
E, junto com eles, a ouvidos sadios e generosos
Para cantar canções sobre o futuro
Eu gosto de me encontrar com gente
Eu, idiota, cultivo sonhos
E tento plantá-los na cabeça das pessoas
Prova aqui este, que levei mil anos colhendo

Sei mal onde estou mas construo um futuro
Para não viver mais sob a sombra do muro
Que apelidei de ignorância.

O egoísta está sempre seguro
Me xinguem direito
Idiota, ignorante, imbecil
Está perfeito
Eu corro riscos e gosto de mim
Mesmo

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