16 abril 2014
Por um Rio Capital da Poesia
Não sei se a poesia vai ganhar o mundo
Os noticiários não concordam com o nosso desejo
Vontade, palavra e sangue desperdiçados em besteira
Muitos dormem ainda o sono zumbi do status quo
Mas a reunião dos poetas vem acontecendo
Eles estão armados com versos explosivos e pólen
Vão tomar de assalto esse tal Rio de Janeiro
Transformá-lo, da poesia, em Capital
Lá vem eles, de peito aberto, sem trincheiras
Invadindo favelas, descendo ladeiras
Na beira da praia, no subúrbio, na Lapa
Seus versos são carícias, confissões e tapas
Polemizam, polinizam, iluminam a dura estrada
Marchem sobre as cidades poetas, foda-se o mundo
A poesia, nossa guerra, nos ganhou. A sorte está lançada.
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