11 abril 2006

Fantástico Poema



Dancemos com Mefistófiles sobre o claustro da loucura!
Dancemos com Cristo sobre a cruz tombada!
Dancemos sobre a morte da paixão prematura!
Dancemos nus entre os raios e trovoadas!

O amargo que oprime o meu peito
E percorre o meu corpo inteiro,
No vão e instintivo desejo
De um pobre e pseudo cancioneiro.

A insatisfação é sempiterna...
Do pranto que não se enxuga.
Nas costas ostento a dor de uma quimera
E me afundo em vil lama obscura.

Espero o esperar do inferno,
Como Mefistófiles dançou diante de Fausto!
Preferia viver num sanatório e interno
Viver a louca solidão de meu claustro.

O choro amargo entala na garganta
E faz um nó de angústia em meu peito
Em minh’alma vadia um temor se agiganta
E meus olhos se desviam fúlgidos do espelho.

Meu claustro me recebe no fim do dia,
Depois de horas a fio numa dança maldita,
Me entrego a Morfeu em minha doce apatia
E durmo sonhos que não vivo em minha vida.

Dancemos com Mefistófiles sobre o claustro da loucura!
Dancemos com Cristo sobre a cruz tombada!
Dancemos sobre a morte da paixão prematura!
Dancemos nus entre os raios e trovoadas!

Romulo Narducci

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