22 outubro 2010

Babel - Inocentes Blasfêmias



"Eis que o SENHOR, disfarçado de mendigo, desceu entre os homens de Babel e lhes perguntou:
- Sois todos iguais e perfeitos então? Por que edificar tão alta torre, usar vossa ciência em fim tão privado de sentido quanto o orgulho, ao invés de dar pão, justiça e lar a toda vossa gente? Acaso não vedes que DEUS não se importará se chegardes com ela a lua?
Os donos da pedreira ficaram pasmos ao ver aquele maltrapilho falar sua língua, que achavam ser a única na face da Terra. Passaram a observar que os escravos também pareciam comunicar-se entre eles de uma forma organizada mas que lhes era estranha.
E, enquanto permaneciam confusos com as palavras do mendigo, o SENHOR guiou os passos dos escravos para a liberdade explicando-lhes que o mundo era grande, dispersando-os assim por toda a Terra."
Foi assim que Josué contou a seu filho a história da Torre de Babel para ensiná-lo algo sobre as relações entre os homens e fazê-lo pensar, não na ira vingativa de Deus, mas na milenarmente conhecida babaquice humana.


VERSÃO ORIGINAL DA HISTÓRIA

07 outubro 2010

Minhas Homenagens ao Poeta Drummond




Alguns Poemas Num Poema ao Lutador
(a Carlos Drummond de Andrade)

Cansado de esperar respostas
Dou as costas aos lamentos
Desse povo banguela e sem pensamentos
Que vive de lembranças e reclamações
E que sentado espera, sem pressa alguma
O futuro dobrar à esquina em sua direção

Como conviver com um povo que se condena
A escravidão do crime e a exploração?
O jeito é juntar meus cacos e partir
Pois não é mais tempo de homens partidos
É tempo sim de homens que partem
Com os corações e os espíritos em pedaços

Desiludido mas não desanimado
Esperava ter dinamitado mais do que a ilha de Manhattan
E embora não tenha conseguido nem ao menos
Rachar este enorme muro que separa o olhar nos olhos de toda humanidade
Insisto em erguer meu martelo e filosofar
À beira dos mais altos precipícios

Ah! Mundo velho e sem princípios
A alma dos poetas nunca curvará ante de ti
Porque nós, herdeiros da força da brisa e do vento,
Prometemos erguer contra ti nossos punhos
E destruir-te como se fôssemos tanques,
Ou bombas, ou raios, ou jatos,
Ou pássaros


Política Literária
(a Carlos Drummond de Andrade)

Enquanto discutem sem chegar a uma conclusão,
os poetas, filósofo e místico, observam
O poeta puro e simples
tirar poesia do nariz.

E o leigo, diante de tantas idéias,
Não entende uma palavra do que cada um lhe diz
Mas, mesmo assim, aplaude sem parar.

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