07 outubro 2010

Minhas Homenagens ao Poeta Drummond




Alguns Poemas Num Poema ao Lutador
(a Carlos Drummond de Andrade)

Cansado de esperar respostas
Dou as costas aos lamentos
Desse povo banguela e sem pensamentos
Que vive de lembranças e reclamações
E que sentado espera, sem pressa alguma
O futuro dobrar à esquina em sua direção

Como conviver com um povo que se condena
A escravidão do crime e a exploração?
O jeito é juntar meus cacos e partir
Pois não é mais tempo de homens partidos
É tempo sim de homens que partem
Com os corações e os espíritos em pedaços

Desiludido mas não desanimado
Esperava ter dinamitado mais do que a ilha de Manhattan
E embora não tenha conseguido nem ao menos
Rachar este enorme muro que separa o olhar nos olhos de toda humanidade
Insisto em erguer meu martelo e filosofar
À beira dos mais altos precipícios

Ah! Mundo velho e sem princípios
A alma dos poetas nunca curvará ante de ti
Porque nós, herdeiros da força da brisa e do vento,
Prometemos erguer contra ti nossos punhos
E destruir-te como se fôssemos tanques,
Ou bombas, ou raios, ou jatos,
Ou pássaros


Política Literária
(a Carlos Drummond de Andrade)

Enquanto discutem sem chegar a uma conclusão,
os poetas, filósofo e místico, observam
O poeta puro e simples
tirar poesia do nariz.

E o leigo, diante de tantas idéias,
Não entende uma palavra do que cada um lhe diz
Mas, mesmo assim, aplaude sem parar.

Um comentário:

  1. E o leigo, diante de tantas idéias,
    Não entende uma palavra do que cada um lhe diz
    Mas, mesmo assim, aplaude sem parar.

    Esse é o grande paradigma a ser quebrado em cada Taverna.

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