23 abril 2014

Cosmologia



Tenho a impressão de que entendi mal o que se passa com o mundo

O tempo envolve as coisas, que se movem e se distanciam
Como fragmentos de uma grande explosão ancestral.
Tudo se afasta da origem com velocidade
Numa dança frenética e violenta
Onde a realidade se rearranja
Sob a lógica complexa de minúsculas grandezas discretas.
O amor, memória e busca,
Recupera a densidade e diminui, com a gravidade,
A força do tempo sobre as coisas.

Um buraco negro era uma ode e uma reconstrução.

Assim pensava eu, quando jovem,
Sobre o amor e o universo.
Mas passei a ver mais beleza
Na origem do espaço
E a temer menos a fragmentação.
Superestimei as singularidades
Hoje quero topologias multidimensionais
Quasares e buracos brancos

Roupa que dá sentido ao tempo
É a distância.

E eis que o amor mudou meu Cosmos novamente.

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