E se, de repente, eu fosse presidente?
Desse um basta na roubalheira dessa gente?
Baixasse decreto que proibisse
A televisão de só passar tolice
E a riqueza fosse enfim distribuída?
Não faltasse nem emprego nem comida
E toda estupidez fosse multada?
Será que essa Matrix, bem arranjada,
Traria alegria a minha gente?
Ainda bem que não sou Presidente
E não deixo a elite magoada.
Um poeta reclamão e indecente
está longe de deixá-la preocupada.
Tirania é tirania, ainda que travestida
com o discurso simplista de bem intencionada.
Vejo um tirano morando dentro do peito
Dos que querem tudo sempre do seu jeito
E, tolamente, acham que o lugar perfeito
É onde a democracia vale nada.
Direito Humano ou Estado de Direito,
Sequer compreendidos, chegam com defeito.
Elejo a bunda mais bonita, vejo os rumos da novela
Mas no próximo capítulo, quando chega a hora do pleito,
Vão eleger o poeta? Ou de novo o pior sujeito?
Pois sequer sou candidato
Embora queira ser o rei de fato:
Rei Momo da cidade maravilhosa.
Depois da alegria decretada
A Matrix seria rebootada
E cada um seria o responsável
Apenas pela SUA rebordosa.
04 janeiro 2019
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