Ele não entende as suas ironias
Não tem traço de nenhuma ideologia
Não tem sequer idéias suas
Mas se apropria bem das boas idéias
Não sabe dizer por favor
Sequer obrigado balbucia
Mas se vê obrigado
A puxar o saco
Bater continência
Repetir a cartilha
Ele é perfeito
Não erra nunca
Preste bem atenção!
Ele sofre
Sofre muito
É humano até, pede-se dizer
Por dentro
Somos menos que crachás
Quando compactuamos com o profano
Preste bem atenção!
Ele sofre muito
Mas não sangra.
Em seu crachá está escrito :
CAPATAZ!
e sabemos bem o que os tubarões fazem.
Ele não sangra
Sofre
É perfeito para liderar
Mas preste ainda mais atenção!
Deve ser o primeiro a morrer!
21 maio 2007
24 abril 2007
Inside Tarantino's Mind
Curtam esse curta com Selton Mello e Seu Jorge.
P.S.> O material inédito deste humilde poeta ainda está em fase de elaboração devido a reiterados momentos de extrema felicidade mundana junto aos filhos.
Quando tiverem os seus, lembrem de sempre tratá-los bem... São eles que escolherão seu asilo afinal.
P.S.> O material inédito deste humilde poeta ainda está em fase de elaboração devido a reiterados momentos de extrema felicidade mundana junto aos filhos.
Quando tiverem os seus, lembrem de sempre tratá-los bem... São eles que escolherão seu asilo afinal.
03 abril 2007
01 abril 2007
22 março 2007
A Ilha do Dia Anterior
Ainda não terminei de folhear este livro fantástico (estou no cap.14 ainda) mas nunca foi tão fácil admitir que estou diante de uma obra prima.
Recomendo muito aos amantes de Humberto Eco que mistura filosofia e história de uma forma tão genial neste romance que sua erudição passa por osmose.
11 março 2007
Falta de Ética no Jornalismo

Tá bom, eu sei que é impossível morrer de amores pela Miriam Leitão. Já divergi furiosamente de suas opiniões sobre política externa em missivas ao jornal O Globo, chegando a postar uma delas aqui certa vez.
E, muito embora discorde dela, discordo muito mais da falta de caráter intelectual no jornalismo. Gosto do humor e do sarcasmo, gosto do "debate". Infelizmente, a ausência de uma referência do que é o limite do sarcástico pode soar como "desrespeitoso".
O trecho que posto aqui, na íntegra, pertence ao site Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim. Desculpe Paulo, pisou feio na bola desta vez.
Ao expressar a sua opinião, faça-o de maneira clara e aberta. Não há necessidade de desqualificar o seu debatedor com referências pejorativas. O objetivo do "embate" é a síntese. Sendo de esquerda ou direita, devemos respeitar as regras do "bom combate" para chegarmos juntos a uma conclusão, mesmo que seja a de escolher quem vai ficar frente ao pelotão de fuzilamento. Vou denunciá-lo ao Observatório da Imprensa para ver o circo que isso vai dar.
Quanto ao fora Bush? Pô, esqueceram de avisar ao pessoal que ele só estava de passagem?
O que mais me assustou nesta visita (cuja importância eu também achei ridícula) foi o tamanho da comitiva do Presidente dos EUA: +/- 5.000 pessoas. Tive medo que começassem a invasão ali mesmo. Tomara que não tenham esquecido ninguém.
Pra não ferir os direitos autorais (que eu vivo ferindo sem querer querendo) pus o Link para a página da matéria. Vale ressaltar que acho o espaço do Conversa Afiada bom e atualizado, mas a escorregada foi feia demais e feriu o que estava acostumado a ver no site.
E, muito embora discorde dela, discordo muito mais da falta de caráter intelectual no jornalismo. Gosto do humor e do sarcasmo, gosto do "debate". Infelizmente, a ausência de uma referência do que é o limite do sarcástico pode soar como "desrespeitoso".
O trecho que posto aqui, na íntegra, pertence ao site Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim. Desculpe Paulo, pisou feio na bola desta vez.
Ao expressar a sua opinião, faça-o de maneira clara e aberta. Não há necessidade de desqualificar o seu debatedor com referências pejorativas. O objetivo do "embate" é a síntese. Sendo de esquerda ou direita, devemos respeitar as regras do "bom combate" para chegarmos juntos a uma conclusão, mesmo que seja a de escolher quem vai ficar frente ao pelotão de fuzilamento. Vou denunciá-lo ao Observatório da Imprensa para ver o circo que isso vai dar.
Quanto ao fora Bush? Pô, esqueceram de avisar ao pessoal que ele só estava de passagem?
O que mais me assustou nesta visita (cuja importância eu também achei ridícula) foi o tamanho da comitiva do Presidente dos EUA: +/- 5.000 pessoas. Tive medo que começassem a invasão ali mesmo. Tomara que não tenham esquecido ninguém.
Pra não ferir os direitos autorais (que eu vivo ferindo sem querer querendo) pus o Link para a página da matéria. Vale ressaltar que acho o espaço do Conversa Afiada bom e atualizado, mas a escorregada foi feia demais e feriu o que estava acostumado a ver no site.
O QUE MIRIAM LEITÃO QUIS DIZER
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 212
. Reproduzo abaixo o que disse Miriam Leitão no seu blog em O Globo:
Visita de Bush foi tardia e vazia
A visita do presidente George Bush tomou muitas páginas dos jornais neste sábado, provocou muita confusão no trânsito de São Paulo na sexta, mas produziu muito pouco efeito. Foi uma viagem tardia, um gesto de um presidente perdendo rapidamente seu poder. O debate da imprensa sobre a visita ficou contaminado demais pelos gestos inocuos de Hugo Chavez, levando a sério um suposto conflito Washington-Caracas.
Hugo Chavez é apenas patético com gestos como fazer manifestação de rua em vez de governar seu país que tem sérios problemas. Um deles: a taxa de homicídios em Caracas é quase três vezes maior do que a do Rio e mais de seis vezes maior do que a de Bogotá.
George Bush é apenas um presidente caminhando rapidamente para virar um lame duck, como resultado de ter perdido as eleições legislativas do ano passado e o país já estar pensando na eleição presidencial do ano que vem.
Bush ignorou a América do Sul na maior parte do seu governo. Ao tomar posse ficou mais de um ano sem sequer nomear o sub-secretário para Assuntos Latino-Americanos. Depois do 11 de setembro a política externa ficou definitivamente em torno da questão do terrorismo.
Hugo Chavez seu suposto inimigo na América do Sul faz ótimos negócios com os Estados Unidos. É o país que compra quase a metade de todo o petróleo que a Venezuela exporta, e esse petróleo representa 11% de tudo o que os Estados Unidos importam. Esse produto entra sem pagar imposto no mercado americano e é a garantia de receita da PDVSA. Dos cofres da empresa petrolífera saem os dólares para financiar tudo: a política populista interna e a ajuda a países como Bolivia, Equador e Cuba. O suposto amigo Brasil tem que pagar 48% de tarifa para entrar com seu etanol no mercado americano e este ano, como tem etanol sobrando lá, não deve vender nada. E que não se espere coisa diferente dos democratas. O senador Barack Obama já está hoje nos jornais defendendo o produtor americano, para provar a fama de protecionista dos democratas.
Enfim, uma visita tardia e vazia, que não representa nada mais que isso.
. Vamos fazer um exercício de “metalinguagem” e reescrever a coluna de Miriam com O QUE ELA DE FATO QUIS DIZER:
Lula não pode faturar essa visita
. A vista do presidente da nação mais poderosa do mundo ao Brasil não deve ser interpretada como uma vitória política do Brasil nem da diplomacia brasileira.
. Isso seria péssimo para os conservadores brasileiros como eu e as Organizações Globo para que trabalho.
. É importante evitar que se solidifique a impressão de que uma política externa diferente da política pró-americana de FHC possa dar certo.
. É importante impedir que um presidente trabalhista como Lula seja capaz de se impor ao presidente da nação mais poderosa do mundo como um político maduro, bem preparado, que sabe o que diz.
. A política do Itamaraty é um fracasso.
. E Lula é um despreparado.
. É preciso fixar a idéia de que um presidente americano com APENAS dois anos de mandato tem tanto poder quanto o presidente da Ilha de Malta.
. Que veio ao Brasil com medo do Chávez.
. Que só parou no Brasil porque é a melhor escala antes de Montevidéu.
. Outra coisa: esse acordo do etanol é irrelevante. Como diz a Folha de São Paulo de hoje, brevemente o Brasil perderá essa efêmera liderança : (clique aqui).
. O Brasil pode querer ser o maior produtor de cana do mundo, mas, no Governo Lula, NADA será feito para manter e ampliar essa liderança.
. Todos os esforços positivos - se houver - se deverão à iluminada liderança do Governador de São Paulo, o homem mais preparado para governar o Brasil, e que saberá dinamizar as pesquisas e manter o que Lula vai perder.
. Bush é um pobre coitado. Não manda nada. Hoje, quem manda é o Barack Obama que já disse que não vai ter redução dos subsídios agrícolas.
. Aliás, Lula, se fosse minimamente preparado, nessa próxima viagem aos Estados Unidos, não deveria ficar em Camp David, mas visitar Barack Obama, porque é ele quem dá as cartas, nos próximos dois anos.
. Bush é tão irrelevante que Fernando Henrique Cardoso sempre debochou dele, nunca o levou a sério. Para que? De que adiantaria ficar amigo de um pobre coitado, como Bush. FHC é que estava certo!
. (Ainda bem que as gestões de Mario Garnero e Nelson Jobim para aproximar FHC de Bush não deram certo...)
. Quem está certo é o Kirchner, que, sequer, recebeu esse presidente irrelevante, esse tal de Bush.
24 fevereiro 2007
Borat, Cartas de Iwo Jima, Dreamgirls e À Procura da Felicidade
Maratona de Cinema no Cinemark hoje.
Assisti aos quatro filmes do título sem parar desde 13:30h. Detalhe importante: só paguei uma entrada. Só vou contar pros amigos.
Cheguei em casa e, como sempre, briguei com meia dúzia de críticos pela internet. (Caraca, neguinho vai ao cinema e esquece de ler um livro! What a shame!)
Tinha que ter levado alguém comigo, é verdade. É isso que dá não ter encontrado nenhuma alma disposta a se alimentar de pipoca, Coca Cola e Milk Shake durante o dia todo.
Pretendia resenhá-los para vocês resumidamente mas prefiro avisar o que se pode esperar segundo minha própria classificação cinematográfica:
Borat! (Simples Comédia Britânica ou Monty Python Comedy Orphanage )
O filme é uma receita de como se pega uma história que pode parecer extremamente americana e que pode descambar facilmente para um dramalhão manipulativo "baseado em fatos reais" e se transforma "isso" numa Fábula Moderna sobre o poder da determinação de um homem e o amor de um pai.
Eu dou o Oscar de melhor roteiro adaptado e produção sem medo. Não esquecerei nunca dele.
Merece o destaque:
Assisti aos quatro filmes do título sem parar desde 13:30h. Detalhe importante: só paguei uma entrada. Só vou contar pros amigos.
Cheguei em casa e, como sempre, briguei com meia dúzia de críticos pela internet. (Caraca, neguinho vai ao cinema e esquece de ler um livro! What a shame!)
Tinha que ter levado alguém comigo, é verdade. É isso que dá não ter encontrado nenhuma alma disposta a se alimentar de pipoca, Coca Cola e Milk Shake durante o dia todo.
Pretendia resenhá-los para vocês resumidamente mas prefiro avisar o que se pode esperar segundo minha própria classificação cinematográfica:
Borat! (Simples Comédia Britânica ou Monty Python Comedy Orphanage )
Principal motivo por que saí de casa, este filme é apenas um escracho total. Não vale a piada mesmo, Bardo.
Decepcionei-me ao ver que Sacha Baron Cohen (cujo melhor papel foi o de Rei dos Lêmures em Madagascar e o pior de Ali G) e seus produtores fugiram do potencial crítico que o filme poderia ter proporcionado. Tudo transcorre bem com o núcleo do roteiro, a idéia de documentário é boa, o personagem é genial mas infelizmente está tudo a serviço da mais pura e indizível bobagem.
Entendi que a crítica americana tivesse gostado do filme pela reflexão que o riso geralmente proporciona quando aponta para o espelho. Mas eu estava sendo apenas otimista pois BORAT! não passa de um amontoado de piadas cuja profundidade não é maior do que a proporcionada pelos shows de stand up comediants. Talvez convidem Pablo Francisco para fazer um próximo filme. Será melhor.
Se é engraçado? Se é escatológico?
Caraca, é engraçado e escatológico como todo simples filme do Monty Pithon. Eu ri para cacete. Mas não paguei para ver só ele, graças a Deus.
Concordo que se a trupe do Pânico na TV se reunisse conseguiria fazer algo parecido.
As Cartas de Iwo Jima (Drama de Guerra mal feito)
Confesso que estava sob o efeito da decepção com Borat! quando decidi entrar nesta sala e ver o filme. Não havia lido nada ainda sobre ele e apenas sabia que era a sua estréia. Mas, como o cinema é apenas uma experiência como outra qualquer graças aos Santos Lumière, sentei na poltrona e abracei mais esta experiência.
Já disse que não sabia nada do filme por isso observei-o como se fôra um filme japonês. É falado em japonês, os atores japoneses e a temática centrada no Japão.
Filmão de Guerra não era. Eu sou um fã dos filmes americanos sobre a guerra. Hamburguer Hill, Platoon, Dias de Glória, Dirty Dozen, Band of Brothers e por aí vai. O filme era um drama. A estética e a fotografia eram belíssimas e os personagens cativantes ao extremo. Como achava japonês, fui dando o desconto de minha adaptação cultural tentando buscar traços da filmografia conhecida em Kurosawa. Mas passava longe disso também.
Pois bem, acabou o filme, confesso que não aprendi muita coisa e tudo ia bem...
Quando os créditos subiram com o nome do Clint Eastwood... caiu a ficha. Por isso os americanos são a civilização "boa" do filme.
Eu estava achando estranha a ótica do filme sobre o exército japonês e mesmo sobre o comportamento dos próprios japoneses. Não estou tentando bancar o experto analista mas... O filme é americano demais porra!
Desculpa Clint, mas não achei a visão exposta legal. Se eu não tivesse a mania de ler os créditos sairia do cinema achando uma coisa bem diferente: seria apenas um drama de guerra japonês estranho. Como foi feito por um americano : Drama de guerra mal feito. E não, eu não quero ver o filme antípoda deste último pelo menos por enquanto.
Dreamgirls - (Filme para menininhas)
Esse aqui só vale como intervalo para narrar minha aventura de seis horas e meia de cinema ininterrupto mesmo.
Entrei na sala esperando por nada. Acabara de comprar pipoca e Coca-Cola novamente para refazer as energias. Ninguém impede um cara vestido de bermuda e barba mal feita com um metro e noventa de transitar entre as salas. Entrei esperando pelo pior. O cinema lotado de adolescentes e, pasmem, suas mamães. A porta foi aberta pois tinha dado algum problema na projeção e o filme fôra interrompido. Entrei e só vi o terço final. Graças a São Chaplin!!!
Resumão do breguete: Musical da Beyonceé (é assim que se escreve?).
Campeão para o Oscar? Fala sério!
É um musical. E como não tocou Cephalic Carnage imaginem a minha cara tendo de encarar aquela merda.
Conselho: Não vá ver. Não pegue na locadora. Não diga que eu não avisei. Não me diga que gostou. O.K.?
À Procura da Felicidade - (Fábula Moderna) *****(era pra ser estrela e não asterisco!)
Esta foi a película que salvou este dia inglório.
Não irá agradar aos pessimistas nem tampouco agradará aos que odeiam verter lágrimas. É uma história de vencedor e não a de um herói. Não se trata de alguém imbuído de sentimentos altruístas ou da biografia de um líder. É a história de um miserável corretor da bolsa quando ele era miserável.
Bem dirigido, com ritmo, com humor, com drama sem tragédia, leve e contínuo, de valor universal, o filme transforma um livro de auto-ajuda em uma obra de arte a serviço de uma mensagem otimista. Os italianos ruleiam!
Eu duvido que um pai não chore ao ver esse filme.
Bem, eu chorei até no final do desenho Carros
Mas isto não conta aqui, ok?Decepcionei-me ao ver que Sacha Baron Cohen (cujo melhor papel foi o de Rei dos Lêmures em Madagascar e o pior de Ali G) e seus produtores fugiram do potencial crítico que o filme poderia ter proporcionado. Tudo transcorre bem com o núcleo do roteiro, a idéia de documentário é boa, o personagem é genial mas infelizmente está tudo a serviço da mais pura e indizível bobagem.
Entendi que a crítica americana tivesse gostado do filme pela reflexão que o riso geralmente proporciona quando aponta para o espelho. Mas eu estava sendo apenas otimista pois BORAT! não passa de um amontoado de piadas cuja profundidade não é maior do que a proporcionada pelos shows de stand up comediants. Talvez convidem Pablo Francisco para fazer um próximo filme. Será melhor.
Se é engraçado? Se é escatológico?
Caraca, é engraçado e escatológico como todo simples filme do Monty Pithon. Eu ri para cacete. Mas não paguei para ver só ele, graças a Deus.
Concordo que se a trupe do Pânico na TV se reunisse conseguiria fazer algo parecido.
As Cartas de Iwo Jima (Drama de Guerra mal feito)
Confesso que estava sob o efeito da decepção com Borat! quando decidi entrar nesta sala e ver o filme. Não havia lido nada ainda sobre ele e apenas sabia que era a sua estréia. Mas, como o cinema é apenas uma experiência como outra qualquer graças aos Santos Lumière, sentei na poltrona e abracei mais esta experiência.
Já disse que não sabia nada do filme por isso observei-o como se fôra um filme japonês. É falado em japonês, os atores japoneses e a temática centrada no Japão.
Filmão de Guerra não era. Eu sou um fã dos filmes americanos sobre a guerra. Hamburguer Hill, Platoon, Dias de Glória, Dirty Dozen, Band of Brothers e por aí vai. O filme era um drama. A estética e a fotografia eram belíssimas e os personagens cativantes ao extremo. Como achava japonês, fui dando o desconto de minha adaptação cultural tentando buscar traços da filmografia conhecida em Kurosawa. Mas passava longe disso também.
Pois bem, acabou o filme, confesso que não aprendi muita coisa e tudo ia bem...
Quando os créditos subiram com o nome do Clint Eastwood... caiu a ficha. Por isso os americanos são a civilização "boa" do filme.
Eu estava achando estranha a ótica do filme sobre o exército japonês e mesmo sobre o comportamento dos próprios japoneses. Não estou tentando bancar o experto analista mas... O filme é americano demais porra!
Desculpa Clint, mas não achei a visão exposta legal. Se eu não tivesse a mania de ler os créditos sairia do cinema achando uma coisa bem diferente: seria apenas um drama de guerra japonês estranho. Como foi feito por um americano : Drama de guerra mal feito. E não, eu não quero ver o filme antípoda deste último pelo menos por enquanto.
Dreamgirls - (Filme para menininhas)
Esse aqui só vale como intervalo para narrar minha aventura de seis horas e meia de cinema ininterrupto mesmo.
Entrei na sala esperando por nada. Acabara de comprar pipoca e Coca-Cola novamente para refazer as energias. Ninguém impede um cara vestido de bermuda e barba mal feita com um metro e noventa de transitar entre as salas. Entrei esperando pelo pior. O cinema lotado de adolescentes e, pasmem, suas mamães. A porta foi aberta pois tinha dado algum problema na projeção e o filme fôra interrompido. Entrei e só vi o terço final. Graças a São Chaplin!!!
Resumão do breguete: Musical da Beyonceé (é assim que se escreve?).
Campeão para o Oscar? Fala sério!
É um musical. E como não tocou Cephalic Carnage imaginem a minha cara tendo de encarar aquela merda.
Conselho: Não vá ver. Não pegue na locadora. Não diga que eu não avisei. Não me diga que gostou. O.K.?
À Procura da Felicidade - (Fábula Moderna) *****(era pra ser estrela e não asterisco!)
Esta foi a película que salvou este dia inglório.
Não irá agradar aos pessimistas nem tampouco agradará aos que odeiam verter lágrimas. É uma história de vencedor e não a de um herói. Não se trata de alguém imbuído de sentimentos altruístas ou da biografia de um líder. É a história de um miserável corretor da bolsa quando ele era miserável.
Bem dirigido, com ritmo, com humor, com drama sem tragédia, leve e contínuo, de valor universal, o filme transforma um livro de auto-ajuda em uma obra de arte a serviço de uma mensagem otimista. Os italianos ruleiam!
Eu duvido que um pai não chore ao ver esse filme.
Bem, eu chorei até no final do desenho Carros
O filme é uma receita de como se pega uma história que pode parecer extremamente americana e que pode descambar facilmente para um dramalhão manipulativo "baseado em fatos reais" e se transforma "isso" numa Fábula Moderna sobre o poder da determinação de um homem e o amor de um pai.
Eu dou o Oscar de melhor roteiro adaptado e produção sem medo. Não esquecerei nunca dele.
Merece o destaque:


23 fevereiro 2007
E lá estava eu ...
Jogando feliz da vida o Fifa soccer '07 quando uma certa batida peculiar vem a meus ouvidos.
Era o Seu Jorge meus amigos. Trilha sonora do jogo.
O cara está simplesmente ruleando lá fora.
Lá vai a capa do Disco escolhido. Música: Tive razão.

Era o Seu Jorge meus amigos. Trilha sonora do jogo.
O cara está simplesmente ruleando lá fora.
Lá vai a capa do Disco escolhido. Música: Tive razão.

18 fevereiro 2007

Meu mundo caiu ou só ficou offline?
Meu PC foi pro saco.
Sem alternativas para evitar o convívio com o mundo exterior fui obrigado a romper os umbrais de meu quarto e retomar a antiga arte de organizar as coisas reais, ainda não digitalizadas, que povoam o universo a nossa volta. Pensei em dedicar o tempo que me fôra dado pela ausência do computador ao estudo da música ou a leitura de um bom livro. Quem sabe iria mais à praia, viajaria...
Todos os devaneios interrompidos por aquela mãozinha batendo em meu peito acabando com o cochilo no sofá :
- Pô, pai. Não consigo ligar o jogo do carrinho. Quero ir ao shopping. O cachorro fugiu.
Sim, era ele, o protótipo do Pinball Wizard querendo diversão.
A torneira da pia estava pingando, a parede clamava por pintura e havia duzentas coisas precisando de reparos mas, era meu filho que me chamava. Só assim eu teria uma justificativa nobre para evitar o trabalho braçal doméstico.
Saiba que eu sempre achei que tiraria de letra esse lance de ser pai. Sabe os manuais que mencionei sobre criar crianças? Se você seguir a maior parte do que dizem para você fazer com elas certamente vai dar tudo certo. Tenho pelo menos uns quatro em casa. Eles só esquecem de dizer uma coisa muito difícil para os pais: O que eles têm que fazer com eles mesmos. Daí, obtemos estantes lotadas de manuais em várias línguas que não resolvem nada. Cuidar de crianças é um problema internacional. Principalmente das mais levadas e elétricas.
Houve recentemente uma campanha com o intuito de distribuir Ritalina às crianças consideradas hiperativas e com déficit de atenção. Fiquei assustado com esta perspectiva e seus possíveis desdobramentos. Seria o fim das crianças bagunceiras? O diagnóstico seria feito pelos professores e pais em conjunto com psicólogos. Cara, e se o problema da criança for pais hipoativos. Quem vai fazer este diagnóstico? Criar um vegetalzinho viciado em neurolépticos é mais fácil que dar atenção a seu filho. A maior parte do déficit de atenção não é dos filhos, é dos pais para com eles. Mais uma vez corporações se movem para utilizar esta questão universal a favor do lucro. Tsc, tsc...
Vem aquele bracinho batendo no ombro:
- Pai! Pô, pai, vamos no parque!
Melhor calar os devaneios, levantar do sofá e lavar a cara.
Pois bem, abracei esta minha nova missão de estreitar os laços com meu filho.
Nunca fui tanto ao cinema, comprei tantos Mc's Lanches Felizes, joguei fliperama e aluguei tantos desenhos. Crianças pedem tudo a todo momento e você ainda espera aquela gratidão quando dá uma das sessenta coisas que ela pediu? Ledo engano. Você vai se prometer não sair mais com ele depois da milésima pirraça. Vai descobrir que não são só os pais que não ouvem seus filhos depois de pedir ou explicar a ele algo por mais de cinco vezes. Vai ser doloroso levar porrada no saco no futebol, martelada de Chapolin ou ter que assistir Jackie Chan trinta vezes.
Mas há uma recompensa sem par: Descobrir que você ama o sorriso de uma criança.
E assim, sem o computador, pude ser feliz dando atenção e amor à família. Sabia que isso ficaria marcado para sempre no nosso coração e que nada poderia suplantar esses momentos que tivemos um com o outro.
Lá vem o braço de novo...
- Pô, pai, mais de uma semana sem o jogo do carro. Conserta isso logo.
E, para o bem de todos, o cara que me vendeu o PC apareceu no dia seguinte.
Sem alternativas para evitar o convívio com o mundo exterior fui obrigado a romper os umbrais de meu quarto e retomar a antiga arte de organizar as coisas reais, ainda não digitalizadas, que povoam o universo a nossa volta. Pensei em dedicar o tempo que me fôra dado pela ausência do computador ao estudo da música ou a leitura de um bom livro. Quem sabe iria mais à praia, viajaria...
Todos os devaneios interrompidos por aquela mãozinha batendo em meu peito acabando com o cochilo no sofá :
- Pô, pai. Não consigo ligar o jogo do carrinho. Quero ir ao shopping. O cachorro fugiu.
Sim, era ele, o protótipo do Pinball Wizard querendo diversão.
A torneira da pia estava pingando, a parede clamava por pintura e havia duzentas coisas precisando de reparos mas, era meu filho que me chamava. Só assim eu teria uma justificativa nobre para evitar o trabalho braçal doméstico.
Saiba que eu sempre achei que tiraria de letra esse lance de ser pai. Sabe os manuais que mencionei sobre criar crianças? Se você seguir a maior parte do que dizem para você fazer com elas certamente vai dar tudo certo. Tenho pelo menos uns quatro em casa. Eles só esquecem de dizer uma coisa muito difícil para os pais: O que eles têm que fazer com eles mesmos. Daí, obtemos estantes lotadas de manuais em várias línguas que não resolvem nada. Cuidar de crianças é um problema internacional. Principalmente das mais levadas e elétricas.
Houve recentemente uma campanha com o intuito de distribuir Ritalina às crianças consideradas hiperativas e com déficit de atenção. Fiquei assustado com esta perspectiva e seus possíveis desdobramentos. Seria o fim das crianças bagunceiras? O diagnóstico seria feito pelos professores e pais em conjunto com psicólogos. Cara, e se o problema da criança for pais hipoativos. Quem vai fazer este diagnóstico? Criar um vegetalzinho viciado em neurolépticos é mais fácil que dar atenção a seu filho. A maior parte do déficit de atenção não é dos filhos, é dos pais para com eles. Mais uma vez corporações se movem para utilizar esta questão universal a favor do lucro. Tsc, tsc...
Vem aquele bracinho batendo no ombro:
- Pai! Pô, pai, vamos no parque!
Melhor calar os devaneios, levantar do sofá e lavar a cara.
Pois bem, abracei esta minha nova missão de estreitar os laços com meu filho.
Nunca fui tanto ao cinema, comprei tantos Mc's Lanches Felizes, joguei fliperama e aluguei tantos desenhos. Crianças pedem tudo a todo momento e você ainda espera aquela gratidão quando dá uma das sessenta coisas que ela pediu? Ledo engano. Você vai se prometer não sair mais com ele depois da milésima pirraça. Vai descobrir que não são só os pais que não ouvem seus filhos depois de pedir ou explicar a ele algo por mais de cinco vezes. Vai ser doloroso levar porrada no saco no futebol, martelada de Chapolin ou ter que assistir Jackie Chan trinta vezes.
Mas há uma recompensa sem par: Descobrir que você ama o sorriso de uma criança.
E assim, sem o computador, pude ser feliz dando atenção e amor à família. Sabia que isso ficaria marcado para sempre no nosso coração e que nada poderia suplantar esses momentos que tivemos um com o outro.
Lá vem o braço de novo...
- Pô, pai, mais de uma semana sem o jogo do carro. Conserta isso logo.
E, para o bem de todos, o cara que me vendeu o PC apareceu no dia seguinte.
Sou fã dos quadrinhos de Sandman mas só vi este filme hoje.
A arte de Dave McKean é impressionante e a história nos remete a um universo fantástico que sintetiza com perfeição o imaginário dos autores.
Com roteiro de Neil Gaiman e produção da Henson Company, a mesma dos muppets, recomendo este filme aos que crêem que se pode fazer com que as coisas aconteçam na forma em que as queremos. As entrevistas do making off são um espetáculo a parte.
Fãs de quadrinhos e cinema não devem perder a chance dessa experiência.
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