18 abril 2006

Certamente nossos políticos e muitos de nossos jornalistas contribuem para adoçar a vida dos parlamentares envolvidos no esquema do mensalão. Tudo isto por um motivo muito simples: Ninguém faz as perguntas relevantes.
Falta ao jornalismo brasileiro a isenção verdadeiramente investigativa nos meios de comunicação voltados para a massa. Aproveitando o abismo entre letrados e iletrados vemos, de uma forma deseperadora, o espetáculo da desinformação armado na televisão apenas para convencer estes últimos de que é possível analisar tudo superficialmente de forma maniqueísta.
Michael Moore, autor do documentário Tiros em Columbine, fala, numa entrevista com a imprensa inglesa, a respeito dessa aparente incapacidade dos jornalistas em voltar-se para o cerne das questões. Ele talvez perceba um dia que a imprensa não pode fazê-lo dentro de um lógica empresarial. As matérias são pagas e expressam alinhamento ideológico. Se você quer a verdade vai ter que ralar muito para pagar por ela.
Nesta entrevista de Moore aos ingleses, um dos entrevistadores pergunta ao diretor qual a utilidade que um filme como o dele teria para a sociedade inglesa uma vez que o filme é sobre a América. A cena com o silêncio e a expressão assustada de Moore para a imbecilidade do argumento do jovem jornalista mostra uma verdade mundial: Há péssimos profissionais em todos os ramos. Maus médicos matam pacientes, maus militares bombardeiam civis, maus engenheiros constróem casas frágeis. O cineasta estava chocado com o que aquele imbecil, com a possibilidade de atingir várias pessoas com sua opinião, poderia fazer de maléfico a sociedade.
Infelizmente, a falta de educação do povo aliada a uma política de cabeças de merda fazem do Brasil o cenário perfeito para o péssimo jornalismo. O fato de não estarmos sozinhos no "globo" não alivia o meu sofrimento.

Quais são as minhas perguntas?
Deixo pro próximo post.

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