Meu Mundo Caiu ou só ficou offline? (Parte II)
Meu PC foi pro saco.
Agora, diante de um problema cuja a solução imediata me fôra tirada devido a infelicidade de minha condição latino americana de rapaz sem dinheiro no banco, tive de repensar toda a rotina de meu ócio durante as férias.
Não desisti em nenhum momento de consertar meu computador mas, com a incapacidade dos técnicos em me convencerem do problema, decidi não mexer na máquina até arranjar grana o suficiente para eventuais upgrades ou até conseguir falar com o "pai" da máquina : O cara da loja que montou o computador, minha maior esperança.
Infelizmente, as duas soluções demandavam tempo. Tempo que eu teria que rearranjar. Não iria mais humilhar ninguém no Need for Speed ou mesmo acabar aquela campanha de Tomb Raider. Então, que iria fazer com meu tempo livre?... Passear?! Agora eu teria tempo. Tempo que eu queria para fazer coisas que gosto de fazer sem o computador como ir à praia ou à casa de amigos. Mas, ... alto lá! Tempo que uma mãozinha puxando a parte inferior de minha camisa queria para si: "Não tem mais joguinho, pai? Aluga Stuart Little pra vermos juntos(que ele só viu 58 vezes neste dois meses)" Tempo que alguém segurando um bebê queria para si:"Vamos ter que visitar meus irmãos; você vai me ajudar a escolher os pingüins da geladeira NOVA(?!); nada de noitada durante as férias sem mim, viu?; blá, blá, grrr, blá, blá, blá, smack, hunnn!, gostou do shortinho?....."
É amigo, não seria mole não. Assim como o meu tempo havia ficado maior sem a presença de meu fiel companheiro cibernético, assim também ficou o tempo de meus íntimos convivas.
Minha mulher ficara órfã de informação com qualidade maior do que a da tevê aberta e não poderia se comunicar via e-mail sem ir a uma Lan House. Ficou extremamente contrariada ao acordar para o fato de que não tínhamos tevê por assinatura e que nossas fotos estavam seqüestradas pelo obsoleto mostrengo.
Meu filho de seis anos e meio completos era o mais afetado. Eu havia criado um verdadeiro monstro, um protótipo de Pinball Wizard, completamente à vontade com o acesso aos jogos on-line e hábil em jogos mais complexos como Crash Bandicoot ou mesmo em Need for Speed, que ele dirige na visão em primeira pessoa. Com seis anos ficar sem um brinquedo não é problema, é só brincar com outra coisa. Quem sabe até com o pai.
Pois bem, ele foi o primeiro com quem eu quis estreitar os laços.
Ser pai é uma coisa engraçada, tenho que confessar-lhes. Crianças, ao contrário do que preconizam algumas mães relapsas, vêm com manual de instruções sim. Se você sabe ler vai ver estantes lotadas com milhares deles. Então, por quê dá errado?
Só lendo a continuação pra saber.
Agora, diante de um problema cuja a solução imediata me fôra tirada devido a infelicidade de minha condição latino americana de rapaz sem dinheiro no banco, tive de repensar toda a rotina de meu ócio durante as férias.
Não desisti em nenhum momento de consertar meu computador mas, com a incapacidade dos técnicos em me convencerem do problema, decidi não mexer na máquina até arranjar grana o suficiente para eventuais upgrades ou até conseguir falar com o "pai" da máquina : O cara da loja que montou o computador, minha maior esperança.
Infelizmente, as duas soluções demandavam tempo. Tempo que eu teria que rearranjar. Não iria mais humilhar ninguém no Need for Speed ou mesmo acabar aquela campanha de Tomb Raider. Então, que iria fazer com meu tempo livre?... Passear?! Agora eu teria tempo. Tempo que eu queria para fazer coisas que gosto de fazer sem o computador como ir à praia ou à casa de amigos. Mas, ... alto lá! Tempo que uma mãozinha puxando a parte inferior de minha camisa queria para si: "Não tem mais joguinho, pai? Aluga Stuart Little pra vermos juntos(que ele só viu 58 vezes neste dois meses)" Tempo que alguém segurando um bebê queria para si:"Vamos ter que visitar meus irmãos; você vai me ajudar a escolher os pingüins da geladeira NOVA(?!); nada de noitada durante as férias sem mim, viu?; blá, blá, grrr, blá, blá, blá, smack, hunnn!, gostou do shortinho?....."
É amigo, não seria mole não. Assim como o meu tempo havia ficado maior sem a presença de meu fiel companheiro cibernético, assim também ficou o tempo de meus íntimos convivas.
Minha mulher ficara órfã de informação com qualidade maior do que a da tevê aberta e não poderia se comunicar via e-mail sem ir a uma Lan House. Ficou extremamente contrariada ao acordar para o fato de que não tínhamos tevê por assinatura e que nossas fotos estavam seqüestradas pelo obsoleto mostrengo.
Meu filho de seis anos e meio completos era o mais afetado. Eu havia criado um verdadeiro monstro, um protótipo de Pinball Wizard, completamente à vontade com o acesso aos jogos on-line e hábil em jogos mais complexos como Crash Bandicoot ou mesmo em Need for Speed, que ele dirige na visão em primeira pessoa. Com seis anos ficar sem um brinquedo não é problema, é só brincar com outra coisa. Quem sabe até com o pai.
Pois bem, ele foi o primeiro com quem eu quis estreitar os laços.
Ser pai é uma coisa engraçada, tenho que confessar-lhes. Crianças, ao contrário do que preconizam algumas mães relapsas, vêm com manual de instruções sim. Se você sabe ler vai ver estantes lotadas com milhares deles. Então, por quê dá errado?
Só lendo a continuação pra saber.
PS> Gostou da imagem? Clique nela e veja pessoas que tiveram o mesmo problema que eu. Mas não a mesma presença de espírito.
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