25 setembro 2009
Homenagem a um poeta natural
A Vida Dói
A vida dói na essência do corpo.
Sensações análogas da existência.
Dói a dor da complexidade da alma,
êxtase entorpecimento dos sentidos.
O sentinela está morto!
O deus se mostra no cômodo
barato de dormir
numa cópula ensandecida.
A rainha branca
abre as pernas para o peão preto.
Então tudo é mistério...
O universo: carrossel de mistérios!
Todas as lágrimas transformam-se em oceano
quando navegamos em tristeza.
Os ratos invadiram a dispensa,
O cão velho ladra
mas não tem forças para morder.
Não há estrelas no céu da cidade.
Verdade, mentira e omissão:
ménage a trois.
Se o coração já bate,
por que a vida bate?
A vida dói.
As vezes, até sem querer.
Dói na contestação da própria morte.
O mito, queimou-se no incêndio
dos arquivos da biblioteca
(quando ainda não havia internet)
e sumiu para sempre.
O padre reza, o pastor ora,
a mãe-de-santo recebe,
o governo tira, o ladrão toma,
a puta dá, a polícia prende,
o advogado solta, o médico cura,
a testemunha jura, o marido mente,
a cigana ri e o poeta,
o poeta dói.
O poeta dói na essência
e na complexidade da própria vida.
Poesia
Toda poesia é amarga.
É um amargo que não desce
em qualquer garganta.
E todos os versos dos poetas
regurgitados e atirados como flechas
em direções incertas.
A palavra é intrusa do ouvido,
rasga os tímpanos,
invade o âmago,
e dos olhos faz nascer a lágrima.
Toda poesia é insensata,
na insensatez do cômico destino.
É um riso histérico,
um desconforto,
uma verdade quase nunca revelada,
onde a caneta é a arma do poeta...
que o poeta dispara
e se torna um assassino!
Rômulo Narducci
Brazil home delivery apocalipse
Disco do Calipso bombando na banca pirata Playboy virou escolha do proleta E o picareta promovido a novo profeta Caiu na rede o selfie do se...
-
The Final Cut Through the fish eyed lens of tear stained eyes I can barely define the shape of this moment in time and far from flying high ...