26 setembro 2011

Soneto da Saudade




Reclama, amor, de toda ausência minha
Que meu peito se encarrega do castigo.
Tendo ciência de que não estás comigo
É minha alma que parece estar sozinha.

Acostumei-me mal ao teu bem querer
E agora, amor, te quero sempre perto
Embora seja certo que me agrade
Saber que mal também te faz a falta

Acostumei-me mal e, apaixonado,
Vejo o relógio me olhar desconfiado
Horas sem ti transformam-se em trator.

Ah! Saudade, sentimento estranho
Que nos mostra a beleza e o tamanho
Da falta que nos faz o nosso amor.

3 comentários:

  1. Gostei do seu soneto! Muito embora, como amante desses 14 versos, seja suspeito pra falar.
    Só senti falta, se me permite dizer, das rimas no 2º quarteto (onde há apenas uma interna no 3º verso). Mas isso não é uma crítica, de forma alguma; aliás, não vem mesmo ao caso, é só esse meu mal do clássico...

    Abraço d'um companheiro de arte!

    Frederico Rocha

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  2. Belo poema,onde as saudades são o tema,que mais
    me enlaça.
    Poema profundo,vai levando o olhar a velejar
    nestas ondinas emocionadas.
    Belo poema,grande poeta!

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