29 fevereiro 2004




Radiohead Myxomatosis lyrics

the mongrel cat came home
holding half a head
proceeded to show it off
to all his new found friends
he said i been where i liked
i slept with who i like
she ate me up for breakfast
she screwed me in a vice
but now
i don't know why
i feel so tongue-tied
i sat in the cupboard
and wrote it down real neat
they were cheering and waving
cheering and waving
twitching and salivating like with myxomatosis
but it got edited fucked up
strangled beaten up
used in a photo in time magazine
buried in a burning black hole in devon
i don?t know why i
feel so tongue-tied
don?t know why
i feel
so skinned alive.
my thoughts are misguided and a little naive
i twitch and i salivate like with myxomatosis
you should put me in a home or you should put me down
i got myxomatosis
i got myxomatosis
yeah no one likes a smart ass but we all like stars
but that wasn't my intention, i did it for a reason
it must have got mixed up
strangled beaten up
i got myxomatosis
i got myxomatosis
i don?t know why i
feel so tongue-tied

Quer mais letras ??? Clique na imagem.


Dia de Sol
Henrique Silva Santos

Num dia de sol
Quero lhe encontrar
Pra lhe mostrar pra lhe dizer
Os segredos do universo
Escondidos no meu verso
Que eu não consigo ver

Na beira do mar
Eu plantei um girassol
Que vai me acompanhar
Quando eu embarcar
Numa nave espacial
Que quer se dirigir
Ao interior do som
Ao interior do sol

Quero encontrar você
Num dia de sol

Onda, praia Onda, praia Onda, praia

Num dia de sol quero lhe encontrar
Pra poder lhe dizer, pra poder lhe falar
Das coisas que sei, das coisas que não
Das coisas que vêm, das coisas que vão

Eu e você. Beira do mar.
Não sei dizer só sei sonhar.

24 fevereiro 2004

Já sei...
Pensou que ia falar algo sobre o Carnaval.

Preferi atualizar o meu Windows e jogar WARCRAFT III.

Mas fui ao ESCRAVOS DA MAUÁ e ao BOLA PRETA.

SAMBA É O ANO TODO. SAMBA SIM, PAGODINHO NÃO.

No mais, precisava ensaiar para minhas férias. Não penso em mais nada claramente durante esses dias, só no trabalho.

Hoje é o último dia de "folia". Espero que todos tenham aproveitado. Vou ouvir The Strokes e Radiohead com cerveja até á meia-noite de terça.
The Cow Went to the Swamp
Atualmente 1.000.000.000 de pessoas no mundo falam inglês.
Este site o ajudará a falar tão mal quanto 900.000.000 de pessoas.

A bolsa ou a vida
The stock market or the life

A cobra está fumando
The snake is smoking

A conversa ainda não chegou na privada
The conversation didn’t arrive in the water closet yet

A leite de pato
Duck’s milk way

A maré não está pra peixe
The tide is not for fish


Bacalhau de porta de venda
Door of grocery’s codfish

Baixar uma portaria
To put down a room of a doorkeeper

Balançou a roseira
It shook the rosebush

Bananeira que já deu cacho
Banana tree which already gave its bunch

Bancou o pato
He banked the duck


Cabra da peste
Goat of the plague

Caga regra
Shitter of rules

Cagando e andando
Shitting and walking

Cagão
Big-shitter

Cagou solenemente
He shitted stately

(Millôr)

20 fevereiro 2004



Os Ombros Suportam o Mundo
Carlos Drummond de Andrade


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.




Param e me perguntam
“Como vai essa força?”
E eu respondo automático o que querem ouvir
mesmo sentindo que essa “força” não vai
mesmo sabendo que essa “força” não vem
mais me socorrer
ou erguer o peso sobre meus ombros

Param-me e perguntam
“Como vai essa força?”
E, por fora, sorrio quando,
por dentro, indago:
“Há real necessidade em sermos fortes?”


Essa força minha não vai me ajudar
a vencer
a correnteza
e eu devo aprender a boiar sobre os fatos
como um corpo morto, resignado
que entra no ritmo das ondas que o arrastam
sem opção

“Como vai essa força?”
Paro e pergunto a mim mesmo
Surpreso, não me respondo,
temendo talvez constatar que ela não vai mesmo
E eu vou
à esmo
flutuando num calmo desespero em direção alguma
ou desconhecida
a que me levarem

Não é lágrima que escorre de meus olhos
apenas chove


(Henrique Santos)


Estou viajando na Net à procura de editores de música quando... (suspense)... dou de cara com um mixer game irado demais: o EZ-DJ.
Entrem no site da Shockwave e testem o brinquedinho... Really cool.



O vídeo game Virtua Super Tennis é demais. Pena que a boa educação no Fliperama não seja freqüente, Overman que o diga.
Tive que aturar uma porrada de pitaqueiros e os famosos duelistas chatos, aqueles que resolvem te derrotar a um ponto do final do game. Mesmo assim, foi bom jogar, à noite, quando há menos pirralhos e pode-se "estudar" os oponentes e macetes.

15 fevereiro 2004



Sobre a avaliação


Sun Tzu disse: a guerra é de vital importância para o Estado; é o domínio da vida ou da morte, é o caminho para a sobrevivência ou a perda do Império: é preciso manejá-la bem. Não refletir seriamente sobre tudo o que lhe concerne é dar prova de lastimável indiferença no que diz respeito à conservação ou à perda do que nos é mais querido; e isso não deve ocorrer entre nós.

Há que valorá-la em termos de cinco fatores fundamentais, e fazer comparações entre as diversas condições dos contendores, com vistas a determinar o resultado da guerra.

O primeiro desses fatores é a doutrina; o segundo, o tempo, o terceiro, o terreno, o quarto, o mando e o quinto, a disciplina.

A doutrina significa aquilo que faz com que o povo esteja em harmonia com o seu governante, de modo que o siga aonde for, sem temer por sua vida, nem de se expor a qualquer perigo.

O tempo significa o Ying e o Yang, a noite e o dia, o frio e o calor, dias ensolarados ou chuvosos e a mudança das estações.

O terreno implica as distâncias, e faz referência onde é fácil ou difícil deslocar-se, se é em campo aberto, ou lugares estreitos, e isto influencia as possibilidades de sobrevivência.

O mando há de ter como qualidades: a sabedoria, a sinceridade, a benevolência, a coragem e a disciplina.

Por último, a disciplina há de ser compreendida como a organização do exército, as graduações e classes entre os oficiais, a regulação das rotas de mantimentos, e a provisão de material militar para o exército.

Estes cinco fatores fundamentais hão de ser conhecidos por cada general. Aquele que os domina, vence; aquele que não os domina, sai derrotado. Portanto, ao traçar os planos, há de se comparar os seguintes sete fatores, avaliando-se cada um com o maior cuidado:



Qual dirigente é o mais sábio e capaz?

Que comandante possui o maior talento?

Que exército obtém vantagens da natureza e terreno?

Em que exército se observam melhor os regulamentos e as instruções?

Quais as tropas mais fortes?

Que exército tem oficiais e tropas melhor treinadas?

Que exército administra recompensas e castigos de forma mais justa?



Mediante o estudo desses sete fatores, serás capaz de adivinhar qual dos dois grupos sairá vitorioso e qual será derrotado.

O general que seguir o meu conselho vencerá. Esse general há de ser mantido na liderança. Aquele que ignorar os meus conselhos, certamente será derrotado, e deve ser destituído. Além de prestar atenção aos meus conselhos e planos, o general deve criar uma situação que contribua para o seu cumprimento. Por situação quero dizer que deve levar em consideração a situação do campo, e atuar de acordo com o que lhe for vantajoso.

A arte da guerra se baseia no engano. Portanto, quando és capaz de atacar, deves aparentar incapacidade e, quando as tropas se movem, aparentar inatividade. Se estás perto do inimigo, deves fazê-lo crer que estás longe; se longe, aparentar que se está perto. Colocar iscas para atrair o inimigo.

Golpear o inimigo quando está desordenado. Preparar-se contra ele quando está seguro em todas as partes. Evitá-lo durante um tempo quando é mais forte. Se teu oponente tem um temperamento colérico, tenta irritá-lo. Se é arrogante, trata de adular o seu ego.

Se as tropas inimigas se acham bem preparadas após uma reorganização, tenta desordená-las. Se estão unidas, semeia a dissensão entre suas fileiras. Ataca o inimigo quando não está preparado, e aparece quando não te espera. Estas são as chaves da vitória pela estratégia.

Agora, se as estimativas realizadas antes da batalha indicam vitória, é porque os cálculos cuidadosamente realizados mostram que tuas condições são mais favoráveis que as condições do inimigo; se indicam derrota, é porque mostram que as condições favoráveis para a batalha são menores. Com uma avaliação cuidadosa, podes vencer; sem ela, não podes. Menos oportunidades de vitória terá aquele que não realiza cálculos precisos. Graças a este método, pode-se examinar a situação, e o resultado aparece claramente.

A arte da guerra - Sun Tzu


Lembrete

Os homens esquecem o guarda-chuva
Os homens esquecem os documentos
Os homens esquecem os sentimentos
Os homens esquecem o esquecimento

Os homens esquecem a vida
Os homens esquecem o viver
Os homens esquecem que vivem
Os homens esquecem ...

Os homens esquecem os amores
Os homens esquecem o amor
Os homens esquecem o amar
Os homens esquecem que amam

Os homens esquecem os nomes
Os homens esquecem os homens
Os homens se esquecem homens
Os homens esquecem que homens
esquecem

Os homens esquecem
Simplesmente esquecem
Os homens esquecem tudo
Por razões há muito esquecidas



O Uma Noite na Taverna aconteceu nesta sexta feira treze. Perdeu ?? Só lamento.
Mais uma vez um público deliciosamente receptivo reuniu-se para ouvir poesia. Todos precisávamos disso.
Cabe agora não perder o próximo, 12 de março, na segunda sexta do mês, sem controvérsias.

07 fevereiro 2004




Chelsea Monday - Track 5 _ Script For A Jester's Tear_Marillion

Catalogue princess, apprentice seductress
living in her cellophane world in glitter town
Awaiting the prince in his white Capri
Dynamic young tarzan courts the bedsit queen.
She's playing the actress in this bedroom scene
She's learning her lines from glossy magazines
Stringing all her pearls from her childhood dreams
Auditioning for the leading role on the silver screen.
Patience my tinsel angel, patience my perfumed child
One day they'll really love you, you'll charm them with that smile
But for now it`s just another Chelsea Monday.
Drifting with her incense in the labyrinth of London,
Playing games with faces in the neon wonderland
Perform to scattered shadows on the shattered cobbled aisles
Would she dare recite soliliquies at the risk of startk applause.
She'll pray for endless Sundays as she enters saffron sunsets,
Conjure phantom lovers from the tattered shreds of dawn,
Fulfilled and yet forgotten the St. Tropez mirage
Fragrance aphrodisiac, the withered tuberose.
Patience my tinsel angel, patience my perfumed child
One day they'll really love you, you'll charm them with that smile
But for now it`s just another Chelsea Monday.
Catalogue princess, apprentice seductress
buried in her cellophane world in glitter town.

Um Anjo

Como se, de repente, um anjo aparecesse
você abriu a porta
E invadiu meu mundo de sonhos
onde, misteriosamente, já residias
como um segredo.

Contei a você meus medos, receando...
... e os vi partirem no seu sorriso
Ouvi seu estar no mundo, seu confessar
e seu medo me mostrou o que eram asas.

Só lembro de ter lhe dado o que sempre quis lhe dar
Você tornou meu dia leve e me deu vários motivos.
eu, ainda envergonhado, só me lembro do que não dei.
Porque há tanto para dar... há tanto pra dar que eu não sei.

Queria dar a você meus olhos para lhe mostrar
O que é a sensação de ver um anjo aparecer
entrando na sua casa, fazendo você crescer

Queria dar a você meus olhos para tentar ver
ver o mundo do alto
talvez
nem o mundo ver

ver um anjo
num poema
lhe abraçar

(Henrique Santos)



> CONVERSA ENTRE PAI E FILHO, ANTES DE ADORMECER, NUMA CIDADE
>NORTE-AMERICANA
>
> Filho: Pai, porque é que tivemos que atacar o Iraque?
>
> Pai: Porque eles tinham armas de destruição em massa, filho.
>
> F: Mas os inspetores não encontraram nenhuma arma de destruição
>em massa.
>
> P: Isso é porque os iraquianos as esconderam.
>
> F: E porque é que nós invadimos o Iraque?
>
> P: Bom, as invasões funcionam sempre melhor que as inspeções.
>
> F: Mas depois de os termos invadido, ainda não encontramos
>nenhuma arma...
>
> P: Isso é porque as armas estão muito bem escondidas. Mas
>haveremos de encontrar alguma coisa, provavelmente antes mesmo das
>próximas eleições.
>
> F: Para que é que o Iraque queria todas aquelas armas de
>destruição em massa?
>
> P: Para as usar numa guerra, claro.
>
> F: Estou confuso. Se eles tinham todas essas armas e planejavam
>usá-las numa guerra, então porque é que não usaram nenhuma quando os
>atacamos?
>
> P: Bem, obviamente não queriam que ninguém soubesse que eles
>tinham aquelas armas, por isso eles escolheram morrer aos milhares
>em vez de se defenderem.
>
> F: Isso não faz sentido. Porque é que eles haveriam de escolher
>morrer se tinham todas aquelas armas poderosas para lutar contra
>nós?
>
> P: É uma cultura diferente. Não é necessário fazer sentido.
>
> F: Pai, não sei o que é que você acha, mas não me parece que eles
> tivessem quaisquer daquelas armas que o nosso governo dizia que
>eles tinham.
>
> P: Bem, não interessa se eles tinham ou não aquelas armas. De
>qualquer modo nós tínhamos outra boa razão para os invadir.
>
> F: E qual era?
>
> P: Mesmo que o Iraque não tivesse armas de destruição em massa,
>Saddam Hussein era um cruel ditador, o que é outra boa razão para
>invadir um país.
>
> F: Porquê? O que é que um ditador cruel faz para que seja correto
>invadir o seu país?
>
> P: Bom, pelo menos uma coisa, ele torturava o seu próprio povo.
>
> F: Assim como fazem na China?
>
> P: Não compare a China com o Iraque. A China é um bom parceiro
>econômico, onde milhões de pessoas trabalham por salários de
>miséria, em condições miseráveis, para tornar as empresas
>norte-americanas mais ricas.
>
> F: Então, se um país deixa que o seu povo seja explorado para o
>lucrodas empresas americanas, é um bom país, mesmo se esse país
>tortura o povo?
>
> P: Certo.
>
> F: Porque é que o povo no Iraque era torturado?
>
> P: Por crimes políticos, principalmente, como criticar o governo.
>As pessoas que criticavam o governo no Iraque eram presas e
>torturadas.
>
> F: Não é isso o que também acontece na China?
>
> P: Já disse, a China é diferente.
>
> F: Qual é a diferença entre a China e o Iraque?
>
> P: É que o Itaque é governado pelo Partido Baas enquanto que a
>China é comunista.
>
> F: Você não tinha dito uma vez que os comunistas eram maus?
>
> P: Não, só os comunistas cubanos são maus.
>
> F: Porque é que os comunistas cubanos são maus?
>
> P: Porque as pessoas que criticam o governo em Cuba são presas e
>torturadas.
>
> F: Como no Iraque?
>
> P: Exatamente.
>
> F: E como na China, também?
>
> P: Já disse, a China é um bom parceiro econômico. Cuba, por outro
> lado, não é.
>
> F: Porque é que Cuba não é um bom parceiro econômico?
>
> P: No início dos anos 60, o nosso governo fez umas leis tornando
>ilegal o comércio com Cuba até que eles deixassem de ser comunistas
>e começassem a ser capitalistas como nós.
>
> F: Mas se nós acabássemos com essas leis, abríssemos o comércio
>com Cuba, e começássemos a fazer negócios com eles, isso não
>ajudaria os cubanos a tornarem-se capitalistas?
>
> P: Não se faça de esperto!
>
> F: Eu acho que não sou.
>
> P: Bom, de qualquer modo, também não há liberdade de religião em
>Cuba.
>
> F: Assim como na China?
>
> P: Já disse, deixa de falar mal da China. De qualquer maneira,
>Saddam Hussein chegou ao poder através de um golpe militar, por isso
>ele não era realmente um líder legítimo.
>
> F: O que é um golpe militar?
>
> P: É quando um general toma o poder pela força, em vez de
>eleições livres como nós temos nos Estados Unidos.
>
> F: O líder do Paquistão não chegou ao poder através de um golpe
>militar?
>
> P: Aah, sim, foi; mas o Paquistão é nosso amigo.
>
> F: Como é que o Paquistão é nosso amigo se o seu líder é
>ilegítimo?
>
> P: Eu nunca disse que o general Pervez Musharraf era ilegítimo.
>
> F: Mas você acabou de dizer que um general que chega ao poder
>pela força, derrubando o governo legítimo de uma nação, é um líder
>ilegítimo!
>
> P: Só Saddam Hussein. Pervez Musharraf é nosso amigo, porque ele
>nos ajudou a invadir o Afeganistão.
>
> F: E porque é que nós invadimos o Afeganistão?
>
> P: Por causa do que eles nos fizeram no 11 de setembro.
>
> F: O que é que o Afeganistão nos fez no 11 de setembro?
>
> P: Bem, em 11 de Setembro de 2001, dezenove homens, quinze dos
>quais da Arábia Saudita, desviaram quatro aviões e lançaram três
>contra edifícios, matando mais de 3.000 norte-americanos.
>
> F: E onde é que o Afeganistão entra nisso tudo?
>
> P: O Afeganistão foi onde esses homens maus foram treinados, sob
>o regime opressivo dos Talibãs.
>
> F: Os Talibãs não são aqueles maus radicais islâmicos que cortam
>as cabeças e as mãos das pessoas?
>
> P: Sim, são esses. Não só cortavam as cabeças e as mãos das
>pessoas, como também oprimiam as mulheres.
>
> F: Mas o governo Bush não deu aos Talibãs mais de
>US$40.000.000,00 em maio de 2001?
>
> P: Sim, mas esse dinheiro foi uma recompensa porque eles fizeram
>um bom trabalho na luta contra as drogas.
>
> F: Na luta contra as drogas?
>
> P: Sim, os Talibãs ajudaram a impedir as pessoas de cultivarem
>papoulas de ópio.
>
> F: Como é que eles fizeram tão bom trabalho?
>
> P: É simples. Se as pessoas fossem apanhadas cultivando papoulas
>de ópio, os Talibãs cortavam-lhes as mãos e as cabeças.
>
> F: Então, quando os Talibãs cortavam as cabeças e as mãos das
>pessoas que cultivavam flores, isso estava certo, mas não se eles
>cortavam as cabeças e as mãos por outras razões?
>
> P: Bom, nós achamos que é certo os radicais fundamentalistas
>islâmicos cortarem as mãos das pessoas por cultivarem flores, mas
>achamos cruel que eles cortem as mãos das pessoas por roubarem pão.
>
> F: Mas na Arábia Saudita eles também não cortam as mãos e as
>cabeças das pessoas?
>
> P: Isso é diferente. O Afeganistão era governado por um
>patriarcado tirânico que oprimia as mulheres e as obrigava a usar
>burqas sempre que elas estivessem em público, e as que não
>cumprissem tal ordem eram condenadas à morte por apedrejamento.
>
> F: Mas as mulheres na Arábia Saudita não têm também que usar
>burqas em público?
>
> P: Não, as mulheres sauditas simplesmente usam uma vestimenta
>islâmica tradicional.
>
> F: Qual é a diferença?
>
> P: A vestimenta islâmica tradicional usada pelas mulheres
>sauditas é uma roupa modesta, mas em moda, que cobre todo o corpo da
>mulher, exceto os olhos e os dedos. A burqa das afegãs, por outro
>lado, é um instrumento maligno da opressão patriarcal que cobre todo
>o corpo da mulher, exceto os olhos e os dedos.
>
> F: Parece-me a mesma coisa com um nome diferente.
>
> P: Você não vai querer comparar o Afeganistão com a Arábia
>Saudita. Os sauditas são nossos amigos.
>
> F: Mas você não disse que 15 dos 19 piratas do ar do 11 de
>setembro eram da Arábia Saudita?
>
> P: Sim, mas foram treinados no Afeganistão.
>
> F: Quem é que os treinou?
>
> P: Um homem chamado Osama Bin Laden.
>
> F: Ele era do Afeganistão?
>
> P: Aah, não, ele era também da Arábia Saudita. Mas era um homem
>mau, um homem muito mau.
>
> F: Se bem me lembro, ele já tinha sido nosso amigo.
>
> P: Só quando nós o ajudámos e aos mujahadin a repelir a invasão
>soviética do Afeganistão, nos anos 80.
>
> F: Quem são os soviéticos? Não eram do Império do Mal, comunista,
>que Ronald Reagan falava?
>
> P: Já não há soviéticos. A União Soviética acabou por volta de
>1990, e agora eles têm eleições e capitalismo como nós. Agora os
>chamamos de russos.
>
> F: Então os soviéticos, quero dizer, os russos, agora são nossos
>amigos?
>
> P: Mais ou menos. Eles foram nossos amigos durante uns anos,
>quando deixaram de ser soviéticos, mas depois decidiram não nos
>apoiar na invasão do Iraque, por isso agora estamos aborrecidos
>com eles. Também estamos aborrecidos com os franceses e com os
>alemães porque eles também não nos ajudaram a invadir o Iraque.
>
> F: Então os franceses e os alemães também são maus?
>
> P: Não completamente, mas suficientemente maus para termos mudado
>o nome das French Fries (batatas fritas) e das French Toasts para
>Freedom Fries (batatas da liberdade) e Freedom Toasts.
>
> F: O Iraque não foi um dos nossos amigos nos anos 80?
>
> P: Sim, durante algum tempo.
>
> F: Saddam Hussein não era então o líder do Iraque?
>
> P: Sim, mas nessa altura ele estava em guerra contra o Irã, o que
>fazia dele nosso amigo.
>
> F: Porque é que isso fez dele nosso amigo?
>
> P: Porque naquela altura o Irã era nosso inimigo.
>
> F: Isso não foi quando ele lançou gás contra os curdos?
>
> P: Sim, mas como ele estava em guerra contra o Irã, nós fazíamos
>de conta que não víamos, para lhe mostrar que éramos seus amigos.
>
> F: Então, quem lutar contra um dos nossos inimigos torna-se
>automaticamente nosso amigo?
>
> P: A maior parte das vezes sim.
>
> F: E quando alguém luta contra um dos nossos amigos torna-se
>automaticamente nosso inimigo?
>
> P: Às vezes isso é verdade. Porém, se as empresas americanas
>puderem lucrar vendendo armas para ambos os lados, ao mesmo tempo,
>tanto melhor.
>
> F: Porquê?
>
> P: Porque a guerra é boa para a economia, o que significa que a
>guerra é boa para a América. Além disso, já que Deus está do lado da
>América, quem se opõe à guerra é um ateu, anti-americano, comunista.
>Percebes agora porque é que atacamos o Iraque?
>
> F: Acho que sim. Nós atacamos porque era a vontade de Deus,
>certo?
>
> P: Sim.
> F: Mas como é que nós sabíamos que Deus queria que atacassemos o
>Iraque?
>
> P: Bem, Deus fala pessoalmente com George W. Bush e lhe diz o que
>fazer.
>
> F: Então, basicamente, você está dizendo que atacamos o Iraque
>porque George W. Bush ouve vozes na cabeça?
>
> P: Isso mesmo! Finalmente você percebeu como o mundo funciona.
>Agora fecha os olhos e dorme.
>

03 fevereiro 2004



Only you

We suffer everyday,
What is it for,
These crimes of illusion
Are fooling us all,
And now I am weary,
And I feel like I do.

It's only you,
Who can tell me apart,
And it's only you,
Who can turn my wooden heart.

The size of our fight,
It's just a dream,
We've crushed everything,
I can see, in this morning selfishly,
How we've failed,
And I feel like I do.

It's only you,
Who can tell me apart,
And it's only you,
Who can turn my wooden heart.

Now that we've chosen to take all we can,
This shade of autumn, a stale bitter end,
Years of frustration lay down side by side.

And It's only you,
Who can tell me apart,
And it's only you,
Who can turn my wooden heart.

It's only you,
Who can tell me apart,
And it's only you,
Who can turn my wooden heart.

(Beth Gibbons)

Meus olhos ardem o sol se pôs cinzento
Você me invade e eu me entrego a meu cansaço
Mais de uma vez eu fui traído e embora forte
Não abro mão de recorrer ao seu regaço
Já pensei um mundo bom e tive fé
Já quis minha vida repartida entre os amigos
Mas eu criei um coração feito de aço
E tenho lágrimas que se esquecem de rolar
Não quero nada a não ser o seu abraço
Transformar meu coração de aço em brisa
E não tentar mudar meu mundo por enquanto
Não quero mais que descansar no seu regaço
Até que o sol traga a manhã cinza ou vermelha
E eu de novo passe então da brisa ao aço

(Henrique Santos)

02 fevereiro 2004

Do dicionário

Retardatário - s.m, Palavra irritante, principalmente quando a usam contra você. Retardado + otário.
Diz-se do indivíduo que só chega três voltas depois e, enquanto isso, só atrapalha o caminho dos primeiros.

Castração - s.f., tipo de verbete que encerra qualquer Kaô psicanalítico.
Qualquer tipo de atitude que visa à poda, seja ela qual for (social, afetiva, festiva, fraterna, vegetal, animal, real).

Ex: Minha mãe é castradora. Os resultados das provas são castradores. Os relógios são castradores.

Professor- s.m., diz-se do indivíduo que possui a faculdade de falar em público de algo que este público pouco conhece com a intenção de ilustrá-lo.

Obs : Não necessariamente os que possuem tal título possuem real conhecimento do que falam.

Brazil home delivery apocalipse

Disco do Calipso bombando na banca pirata Playboy virou escolha do proleta E o picareta promovido a novo profeta Caiu na rede o selfie do se...