31 maio 2004

O pesadelo das cordas começou cedo pra mim.

Estava radiante com o som da Ernie Ball até que ... tcharan...A primeira corda arrebenta no sábado pela manhã. Corri pra viola e cheguei a arranhar alguma coisa nova, pesquisei dissonâncias e riffs, tentei ensaiar.
Foi legal recuperar o contato com meu primeiro instrumento. Cheguei a tirar dele algumas coisas inusitadas e senti que as coisas "esquentaram" entre nós. A guitarra me deu uma nova forma de enxergar as possibilidades do som e decidi amplificar a viola mesmo.
Mas não saía da minha cabeça o ódio de passar o fim de semana sem poder tocar no último volume com efeito de distorção.

27 maio 2004

As razões da auto-ajuda

Os títulos mais vendidos nas livrarias em quase todo o mundo de hoje são os associados à auto-ajuda, a técnicas que vendem ao leitor a idéia de que ele obedecendo certas regras e medidas será bem sucedido naquilo que procura, atuando tais livros como um moderno catecismo de convencimento e inserção do indivíduo na sociedade de mercado.

A Soberania do egocentrismo

É um pedido de ajuda?
"A conduta pessoal... é perturbada por um sentimento de vazio e constante incerteza valorativa... em toda a parte o homem é deixado entregue à sua liberdade. O resultado é uma desorientação crescente do indivíduo diante do mundo e de si mesmo que enseja... uma vigorosa tendência a direcionar a procura de bem-estar dentro da própria subjetividade."
F. Rüdiger - Literatura de Auto-ajuda e Individualismo, 1996


A extraordinária expansão da literatura da auto-ajuda nos tempos que correm é antes de tudo um sintoma; o indício de que estendeu-se ao máximo o culto ao individualismo, desenraizando as pessoas de tudo e de todos. É o entronamento do final do egocentrismo na era moderna. É, essa literatura, o evangelho de pessoas que sentem não ter mais nada em que se apoiar, expressão mais viva do isolamento e do subjetivismo que a sociedade ultraliberal de hoje alcançou.
Resultou isso da revolução que destruiu ao longo desses últimos dois séculos com a sociedade patriarcal, hierarquizada e corporativa, que até então predominava, onde sempre se estava preso a uma grande família, a uma corporação de ofício, a uma religião oficial ou a um estado todo-poderoso. Para essa doutrina hiperindividualista a verdadeira realização pessoal só pode ocorrer quando ela se faz com seus próprios meios, o seu slogan é make yourself, faça-o sozinho!

A liberdade antiga e a moderna

Quem de certa forma melhor captou, enaltecendo-a, o sentido dessa nova liberdade, ainda em sua gênese, foi Benjamim Constant, um dos teóricos do liberalismo francês, quando a expôs em traços gerais no discurso que fez sobre a diferença da liberdade entre os antigos e os modernos, nos princípios do século XIX (La liberté entre les anciennes et les modernes, 1819). Para ele o tipo de liberdade defendida pelos jacobinos, que extrapolou durante o terror de 1793-4, resultara de um grave equívoco.

O ação política direta era impossível (cidadãos plantando a árvore da liberdade durante a revolução de 1789)
Os líderes revolucionários de 1789, inspirados em J.J.Rousseau, tinham apenas como referencial a ser seguido a liberdade dos habitantes das cidades-estados greco-romanas. Nelas praticava-se um civismo geralmente voluntário (raramente coercitivo), no qual os homens livres partilhavam as atividades públicas e o próprio poder, recorrendo às assembléias e comícios.

Segundo Benjamin Constant, os jacobinos, em especial Robespierre, erraram ao acreditar ser possível impor à moderna sociedade esse mesmo tipo de liberdade, digamos, ativista, exigindo a militância constante de todos nos assuntos públicos, na qual o cidadão que se negava a engajar-se era chamado de "morno" pelos revolucionários de 1789 (de idiotén, o idiota, entre os gregos, de alienus, um alienado, entre os romanos), o que muitas vezes podia significar uma sentença de morte para ele.


A liberdade moderna

Para Constant a característica mais significativa da liberdade moderna era que os indivíduos almejavam ser deixados em paz, sendo-lhes indiferente em geral o chamado cívico à participação. Votar num representante qualquer já lhes parece um esforço exagerado (basta ver as resistências ao voto obrigatório). Usufruir da liberdade pessoal, bem como da independência financeira conquistada, sem qualquer tipo de constrangimento ou coação social, era a sua maior ambição.

Talvez fosse esse o sentido oculto da frase "que cada um cultive o seu jardim", com que Voltaire encerrou o seu Cândido, ou o otimismo, de 1759. O padrão comum aos cidadãos da era moderna é um ser omisso ou preguiçoso no tocante ao coletivo, porém ágil, ativíssimo, no exercício do seu interesse próprio. Politicamente ele é um solipsista. Hoje ele só consente em ser mobilizado em função das coisas do consumo, disparando para tanto atrás de ofertas ou acotovelando-se nas filas das liquidações

Faça da vida uma aventura

Nietzsche, muito tempo depois de Constant, comparou essa acomodação do sujeito com suas coisas (o seu mundinho e a sua propriedade), com a placidez ruminante do bovino. Daí recomendar, para romper com essa pasmaceira, seguir-se uma vida perigosa, audaz, arriscada e até violenta. Tornar a "existência uma aventura", "viver perigosamente", foi o seu conselho.
Obedecendo, entretanto, à lógica última de Constant, chegamos ao presente onde cada um é um microcosmo, sentindo-se tudo girar ao redor de si mesmo. "Eu sou o meu mundo", disse o filósofo Wittgenstein.


O consumidor-rei

O indivíduo quer ser deixado em paz.

Ao mesmo tempo em que há na sociedade contemporânea uma inédita convivência entre milhares ou milhões de pessoas, onde cada um vive cercado de gente por todos os lados, uma colossal estrutura econômica e publicitária, gerada pela aceleração do capitalismo, entra em ação para provocar uma fratura, uma cisão ampla e total de cada um com os demais, fazendo crer a cada uma das pessoas serem elas algo exclusivo, desgarradas do restante, sem ligações significativas com os demais.

É a soberania do consumidor-rei. O indivíduo opõe-se e contrasta com a multidão, com as massas. Nos últimos anos a radicalização da vida moderna e do ultraliberalismo esvaziou, desativou e desmoralizou praticamente com todas as escoras familiares, sociais, institucionais e psicológicas até então existentes (dissolução dos casamentos, instabilidade no emprego, obsolescência profissional, fragilização dos partidos e sindicatos, descrédito da religião, debilitação do estado, etc..) O que parecia ser de concreto virou papelão.

O que restou afinal ao indivíduo senão recorrer a si mesmo? O limite do seu mundo é o limite da sua leitura. Metaforicamente a literatura da auto-ajuda assemelha-se um tanto à situação do impagável barão de Munchausen, aquele sujeito que caído num buraco lodoso tentou sair dele puxando seus próprios cabelos.

Texto de Voltaire Schilling - (Extraído do seu site no TERRA)

24 maio 2004

Sumiu o WWW.
Para muitos o símbolo da BESTA.
Para outros muitos, o símbolo dos Bestas.

By the way, espero que os amigos não achem que o site saiu do ar.

22 maio 2004



Anti-poema (Ou Meu Corpo Pálido)
Rômulo Narducci

Faço meus lábios labirinto,
palavras soltas e abstratas.
Queres amar meu corpo pálido,
a tez marfim de carne flácida.

O meu sorriso embriagado,
o meu olhar atroz perdido,
meus versos mortos, vis, inválidos,
o meu querer tão indeciso.

Vaga o tormento acre e esquálido.
Queres sentar em meus desígnios,
queres amar o meu cadáver
num tom de cólera fino e plácido.

Dos planos faço um anti-poema
de um livro velho e empoeirado,
do vate louco e anti-poeta,
com um tema insípido e castrado.

versão do poema musicada por PAKKATTO


PLACEBO
Music : Pakkatto
Lyrics : Rodrigo Santos and Pakkatto


I could be your brother, father, mother, lover and your son
Since you are the only one who said that I’m the only one
I could be your Holy Ghost, your Father and the Holy Son

You just have to tell me that you could be would be my little girl
And the things that came along could have an end less than below
We could make a whole empire, you just have to tell me so
We are Hamlet and Ophelia, just a distance from hello

I am full of your disguises and all the times you said me no
Since your tears washed up the sun and poisoned out our last run
I am your last one for the road and I could be your loaded gun

You just have to tell me that you could be would be my little girl
And the things that came along could have an end less than below
We could make a whole empire, you just have to tell me so
We are Tristan and Isolda, trapped in a land of ghosts

Come to taste the taste you know
Come to mess the sheets you own
Come to bless the child you grown
Come to bless the child you grown
Come to bless the child you grown

Come to die in the arms you love


Viajando na rede pude capturar estas lindas imagens. Se vc gostou do artista e quer se aventurar sozinho, vá até a Heavy Metal Magazine e busque os Links da revista (Metal Links). Fiquei realmente impressionado com sua beleza e criatividade.





















Se você acha que a Parasan Filmes é uma iniciativa tosca exclusiva das paragens brasileiras, não acompanhou a Troma Pictures americana.
Outro famoso cineasta B, Andy Sidaris, é o homenageado neste post. Seus filmes fazem o estilo "Guns, Girls e dane-se o roteiro".
Divirtam-se.





21 maio 2004



Aula de Cálculo

Enquanto tentam explicar com a dialética
De matemáticos
Os físicos contemplam com olhar extático
A lógica e a ciência de um gramático
que com viola e rima se torna filósofo

E parece desvendar com seu olhar hipnótico
Um universo mágico
que cala o cético e o cínico

E traz à tona toda mística estética
dos vocábulos
Proparoxítonos

19 maio 2004

Disseram que Drummond declinaria de um convite a ABL. Essa é pra ele, pra Salvador Dali e para os Heróis em geral.



O Herói

Esperava que o verbo o assaltasse
Mas se encontrava distraído sempre
A ponto de cruzar precipícios sem cuidado

Foi então que a queda o deixou mudo
E ao chocar-se com o tapete de veludo
Percebera que o verso o esnobava

Travestido então de falsa poesia
Decidiu emendar versos alheios
E os mandou todos à gazeta noutro dia

Aplaudido de pé na academia
Fez questão de fundar a própria escola
Seguiram-no alguns poucos trovadores

Em seu discurso traçou mil teorias
Mas depois de esvaziar as fantasias
Mudou a face para o tom vermelho

E salpicou de merda todo o júri
Palavreava qual sirene louca
E ninguém entendeu o que dizia:

“Eu sou um louco que batera co’a cabeça
Nenhuma linha do que escrevo há que mereça
Ser considerada como obra de poesia”

E o júri, pensando no teatro que se armava,
Inteligentemente arrependido,
Mesmo cagado até o pescoço o aplaudia.

16 maio 2004

E esta foi a poesia escolhida que declamei no SESC-São Gonçalo dia 14 de maio.
Ela já esteve no blog anteriormente, mas vale a pena "bisar".



Do Espírito

Triste, o espírito que não se farta
na ilusão espúria da existência,
Vai procurar na arte algo que faça,
Entre este plano, pleno em desgraças,
Um mundo outro, pleno em consciência.

Caminha o homem, sem saber o seu destino,
Em direção à glória ou à perversidade?
Somos homens conscientes, com memória,
Ou somos tolos que, agindo qual meninos,
Reinventam todo tempo a mesma história?

Avança a ciência. Avança o homem?
Em verdade, se acentuam diferenças.
Se existe um outro mundo após a morte,
Assim como o afirmam muitas crenças,
Morrer é, para o homem, pura sorte.

Sofrer e estar no mundo já se rimam.
Bom senso e humanidade são loucura.
O que é ciência hoje é criação tardia
Daquilo que o passado achou loucura.
A morte é, com certeza, uma alforria.

A alma, esta que sofre co'as desgraças,
Quando se percebe parte de um aboio,
Revoltada com os céus prefere o nada.
A razão é rota mal-iluminada
E os sentidos não mais servem como apoio.

E, sem anjos, orixás ou bruxarias,
pajelanças, orações ou patuás
Restam somente vozes de mil teorias
Que não dão conta do que é estar no mundo
E classificam : coisas "boas", coisas "más".

Triste, o espírito que não se farta
na ilusão espúria da existência,
Vai procurar na arte algo que faça,
Entre este plano, pleno em desgraças,
Um mundo outro, pleno em consciência.


Mais Uma Noite na Taverna de gratas e adoráveis surpresas.



Essa foi a de março. A próxima será em 18 de junho.
Avante Tavernistas!!!!!

11 maio 2004



Testify - Rage Against the Machine

The movie ran through me
The Glamour subdue me
The tabloid untie me
Im empty please fill me
Mister anchor assure me
That Baghdad is burning
Your voice it is so soothing
That cunning mantra of killing
I need you my witness
To dress this up so bloodless
To numb me and purge me now
Of thoughts of blaming you
Yes the car is our wheelchair
My witness your coughing
Oily silence mocks the legless
Boys who travel now in coffins

On the corner
The jurys sleepless
We found your weakness
And its right outside your door

Now testify
Now testify
Its right outside your door
Now testify
Yes testify
Its right outside your door

With precision you feed me
My witness Im hungry
Your temple it calms me
So I can carry on
My slaving, sweating,
The skin right off my bones
On a bed of fire Im choking
On the smoke that fills my home
The wrecking ball is rushing
Witness your blushing
The pipeline is gushing
While here we lie in tombs

While on the corner
The jurys sleepless
We found your weakness
And its right outside your door

Now testify
Yeah testify
Its right outside your door
Now Testify
Now Testify
And its right outside your door

Mass graves for the pump and the price is set, and the price is set
Mass graves for the pump and the price is set, and the price is set
Mass graves for the pump and the price is set, and the price is set
Mass graves for the pump and the price is set, and the price is set

Who controls the past now controls the future
Who controls the present now controls the past
Who controls the past now controls the future
Who controls the present now?

Now Testify
Testify
Its right outside your door
Now Testify
Testify
Its right outside your door

Porrada nos ouvidos e nas idéias. Visitem o site e saibam mais sobre o ativismo político da banda.
Independentemente, os movimentos musicais abraçam as causas sociais e se tornam arautos da resistência aos abusos do Estado e das grandes corporações no mundo todo. É o tipo de atitude que faz a diferença e que me atrai. Pessoas que querem fazer a diferença de forma coletiva e de olhos abertos para o mundo em que estão inseridos. That's a good way of fighting.
Fiquei em dúvida a respeito do melhor template para o Pakkatto's Groove. Mandem sugestões. Vou dar uma "garibada" neste fundo branco, afinal de contas isto não é um livro (embora o branco caia bem para os textos).
Ajudem-me.
Para ouvir com um bom vinho

Para os que gostam do Pink Floyd com Roger Waters o disco Final Cut é uma boa pedida. Melancólico e denso, o disco deixa claro que a banda caminhava para a saída definitiva de Waters naquele ponto. É visivelmente centrado na figura controvertida do cantor e baixista e em suas visões insinuadas em The Wall. Trata-se um libelo antibelicista lírico e devidamente lapidado. The Gunner's Dream, Two Suns on the Sunset e Flechter's Memorial são só algumas peças de um álbum que conta histórias e fecha bem com qq vinho.

09 maio 2004



A mudança das cordas de minha guitarra estava sendo adiada há muito tempo. Mas a "sol" arrebentou e resolveu apressá-la para mim.
Após a troca, fiquei feliz com a escolha das cordas. O som ficou muito bom e tirou um pouco do agudo excessivo do encordoamento original. Infelizmente, minha técnica me impede de ouvir uma música pronta saindo da ponta de meus dedos do jeito que eu quero. Fica tudo no "projeto", na visualização. Soma-se a isto a falta de um tecladista, da bateria e da orquestra que, às vezes, passa por minha cabeça ... Preciso muito mesmo de uma banda.
Lutei bravamente durante horas contra a minha imaginação e o meu ouvido até que, esgotado e com medo da vizinhança chamar a polícia, visitei o site da Ernie Ball. Lá, descobri que está rolando uma batalha gigante de bandas, surpreendentemente grande. Sonhei então com a possibilidade de inscrever o Playmobill Killer nesta batalha, faturar em dólares e até ganhar. O nome da banda pode até não ficar pra valer, mas é massa.
Procurei então conhecer alguns de meus possíveis competidores e saber se o nome escolhido por mim era original. Vi vários nomes repetidos, nenhum igual ao meu, e fiquei mais tranqüilo. Todo mundo estava parecendo o mais amador possível, no som e nas gravações de garagem que comumente ouvimos em demos. De repente, me deparo com o Full Circle na competição, maior sacanagem, pois eles já tocaram aqui e têm gravadora. Comecei a pensar no Jabá americano, os pais do Jabá; não é mesmo, Strokes? Fora eles, não ouvi ou vi nada de interessante, até que descobri uma banda muito esquisita:

SOMETHING ABOUT VAMPIRES AND SLUTS



É primeira mão para os leitores do blog. Há três músicas para downloadear. Mandem seus comments.


04 maio 2004

Qualidade musical.

É sempre interessante ouvir as discussões acaloradas que leigos e músicos traçam a respeito do que é produzido em música. Seja ela erudita, eletrônica, pop, popular, baiana ou instrumental, sempre haverá uma resenha, um comentário, um artigo ou um especial a respeito.
O crivo do "bom gosto", comumente usado para impor tendências, é apenas uma tentativa de auto-afirmação e não passa disso. Tanto vale para os guetos de Heavy Metal ou para os amantes da bossa. A música, fenômeno social, tem também a sua função de "hino". Nasce nos guetos, underground e aristocrático, sertanejo e funk, como elemento representativo destes meios. A música ganha os contornos destes grupos, seus discursos e ideologias, e passa a ter um papel distinto para cada um deles, tornando-se a sua assinatura, seu ponto de referência.
O culto à personalidade do artista acaba transcendendo à sua forma de comunicação (nem toda música é arte). O artista, que muitas vezes nem mesmo assume esse papel, é como o shaman e deve desempenhar um papel coerente com a ideologia do grupo para o qual está voltado. Caso não o faça, corre o risco de ter sua obra taxada como "não original", "falsa", "sem atitude".
Fica díficil não notar a hojerizah criada por movimentos que tendem a fundir diferentes vertentes musicais. O crossover no rock e o fusion no jazz ilustram bem isso. Sempre haverá "puristas" que não aceitarão nunca dividir o seu "espaço sagrado". Juntar estilos e inovar ritmos é aproximar guetos, unificar discursos através de um referencial comum. Chico Science, Aerosmith, AC/DC e Marcelo D2 (até demais) são exemplos disto no cenário pop e John Williams no erudito.
Acho hilário comparar, traçar paralelos ou tentar justificar quaisquer discriminações baseadas apenas no crivo "bom gosto". O crivo mais importante para mim sempre será o da arte. E o estado sutil em que a arte transforma emoção em música será, para mim, sempre o mais importante fator a ser considerado. Isto não me impedirá nunca de ouvir Bezerra da Silva no churrasco ou me fará evitar a discussão acerca do melhor guitarrista. Simplesmente, é a qualidade do conjunto da obra, seu papel na história, o que me aparecerá como arte.
O resto será apenas entretenimento.

Brazil home delivery apocalipse

Disco do Calipso bombando na banca pirata Playboy virou escolha do proleta E o picareta promovido a novo profeta Caiu na rede o selfie do se...